Versos Mortos

Vejo e muitos e poucos versos mortos,

Vejo-os tristes e felizes a se compor,

Muitos são despejados no mar, nos portos,

Poucos compõe o valor do verdadeiro amor.

São como um trem andando,

São as pessoas da minha vida,

É a paisagem, e o sentimento mudando,

É o começo de uma viagem, e fim da despedida.

Versos Mortos, viajando sem parar,

Inversos Portos, no vai-e-vem das ondas do mar.

Os versos mortos, são de amor-morte,

Os versos vivos, são de tristeza-dor,

Os versos mortos, são de azar-sorte,

Os versos vivos, são de paixão-amor.

Os versos mortos, são sentimentos acabados,

Mas que revivem, se form tocados,

Mas morrem ao serem entristecidos,

No dia em que forem magoados ou feridos.

Versos Mortos,

Tristes Portos,

Te amo,

Não te amo mais,

Um dia o sentimento revive,

E no outro, jaz.

Allan Tancredo
Enviado por Allan Tancredo em 14/12/2007
Código do texto: T778110
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