Tráfego

(Esclarecimento : Trata-se de arte poética, e não...nunca fumei nem um único cigarro!!)

Era tarde, noite fria

Uma nuvem ou pesadelo

Uma sombra que crescia

Era pé, era joelho

Era mesmo uma estranha

Forma tão sem eloquência

Era febre sem frequência

Era fina e sem formato

O seu ébrio linguajar

Sua mão sem nenhum dedo

Parecer, padecimento

Era ir onde eu frequento

Essa estranha assombração

Era como um violão

Que me toca como música

Que me deixa nua e musa

Mas por favor,

me enlouqueça

Me navegue, me escureça

Me tropece lentamente

E me deixa sem presente

Já levante o seu cristal

Já me rasgue como o tal

E da veia pingue rota

Como a pinga pinga pinga

Da maconha, que rasgada

Me líiquida,

como nada nada nada

Vera Mascarenhas
Enviado por Vera Mascarenhas em 07/07/2023
Reeditado em 08/07/2023
Código do texto: T7830981
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