Braços ou Abismo?

Enfatizei a ferida, para afirmar a fugacidade

Dos fatos, que ferem com fúria... o Infinito.

As feridas atestam tristeza,

O vulcão da voz, que até aos deuses chamusca.

Com o lirismo dos loucos, as lágrimas

Inflamam as feridas. Naufrágios

No mar de emoções.

Sacio minha sede com paraísos cor de ferrugem...

Ferimentos são fonemas

Que ecoam, no poema,

O caos organizando, a canção dos tristes.

Sinto a embriaguez brilhar, o sonho

Embrulhar os mares em meus sentimentos.

E depois disso, a musa da noite, dormirá

em meus braços... de abismo!

Luis Felipe Saratt
Enviado por Luis Felipe Saratt em 01/01/2008
Reeditado em 04/10/2008
Código do texto: T799103