Braços ou Abismo?
Enfatizei a ferida, para afirmar a fugacidade
Dos fatos, que ferem com fúria... o Infinito.
As feridas atestam tristeza,
O vulcão da voz, que até aos deuses chamusca.
Com o lirismo dos loucos, as lágrimas
Inflamam as feridas. Naufrágios
No mar de emoções.
Sacio minha sede com paraísos cor de ferrugem...
Ferimentos são fonemas
Que ecoam, no poema,
O caos organizando, a canção dos tristes.
Sinto a embriaguez brilhar, o sonho
Embrulhar os mares em meus sentimentos.
E depois disso, a musa da noite, dormirá
em meus braços... de abismo!