O Louco

Depois de tudo passado,

Talvez o momento errado,

Os corpos inadequados

Para tanta intensidade

No entanto, ei-lo de volta

De sua corrente se solta

Se livra de sua escolta

E uma vez mais nos invade

E qual predador e presa

Se impõe, é o fim das certezas

Com sua chama bem acesa

Nos incendeia a vontade

Tudo o que se faz é pouco

Pra segurar este louco

Que, ao tomar a alma da gente

Nos faz viver novamente

Pra, por fim, virar saudade