Ébrio de sonho

Já nasce o poeta perene, eterno,

Levita sua alma e o faz imortal.

Quer o paraíso, vive no inferno

Que prende a sua mente até o final.

Artista da alma, empunha o cinzel,

Esculpe uma rima e planta uma flor

E colhe seus versos raros no céu,

Declama as estrelas, busca o amor.

Mas ninguém o vê, tampouco supõe

Qu’escreve tão só na lápide fria.

Vomita sua fé, mendiga ilusões,

Tão ébrio de sonho e de poesia.

Magmah
Enviado por Magmah em 04/01/2008
Reeditado em 26/10/2008
Código do texto: T802411
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.