Muros

Como é difícil,

chegar em teus portões entrincheirados

de flores douradas...Aço inoxidável.

Teus muros lavados em sangue, sem cor

Como visão de Sartre!

Adentrar em tua porta,

de tapete carcomido de passos doentes e febris.

Caminho de cacos...Pregos.

Trazendo nas mãos,

pés lavados, puros.

Tuas escadas, íngremes...

Lisas...Nuas,

lodo de meus pecados!

Neste teu leito estranho

profano,largo...Cru,

deito-me.

De olhos cravados em teu peito,

perpasso nosso duo...alforrio-te

de dentes cerrados!

naluz
Enviado por naluz em 24/08/2016
Reeditado em 29/06/2017
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