Duas Centelhas.

Peste que no corpo se alastra

Vós sois o inferno sobre nós desmerecida

E cá, tenho gritos de dor na medula

Num tanto quanto devastadora.

Vida que amanhece sem alegria

Bem como a foice natimorta

Jorra sangue neste solo árido

Para fundir-se pelo céu cristalino.

Bem dita, são as vozes primícias

E o dever de vossa sepultura

Acautelando-se, se assim prevalecer!

Cá vão próximas duas centelhas

E o meu sofrimento vespertino

Feroz, na boca dum cão perdido.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 07/02/2018
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