+ PANDEMIA +
São tantas cruzes no chão
de vidas que se vão
neste lúgubre cemitério
de corpos funéreos + + + + + + +
O coveiro maldiz
a alma infeliz
qual na cova repousa
nada escrito,nem lousa
Ao lado também
jaz um ninguém
a máscara esconde
a dor dos distantes
O vírus,a vil peste
desacata as preces
pelo mundo vaga
espalhando sua praga
Essa pandemia que aterra
vendo tantos mortos na terra
temo que me leve os poetas
me torne desse mal profeta
escrevendo coisa que não presta
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