LIII - Adieu - Ethos de uma Alma Invertida

Com as mãos sujas

Eu olho seu retrato...

A única beleza em

Meu quarto mal-decorado.

Os seus olhos parecem

Reluzir em azul, mesmo

Nesta foto em preto e branco

Que o tempo apaga lentamente.

As cordas que nos ataram

Por tão poucas horas,

São as mesmas que

Decoram meu pescoço.

Essas mãos, tingidas de

Branco viscoso, lhe prestam

A última homenagem...

A este corpo cianótico de

Meios rosados como flor.

Pétalas singelas que eu

Esmaguei, anel precioso

Que eu afoitamente quebrei.

Quebrei também a mim mesmo

E a minha vida que se vai à jato...

Em um jato...

Adieu!