Do abismo hediondo é que procedo

Do abismo hediondo é que procedo

Onde os vivos temem profundos medos

Ao encontro de sua ultima primavera

Eu sigo consciente para o além

Já farto em ser desse mundo refém

De injustiças e habitado por feras

Um mundo de mentira e de aparências

Sufoca o meu pescoço essa podre existência

A massa exalta os valores invertidos

E sua ideologia é para mídia social

Dia após dia, ninguém se vê como igual

Somente em seus discursos distorcidos

Um anseio de estar entre almas penadas

E meu espirito aquecido pela luz danada

Ouvindo o eco das almas em lamento

E repousar em paz no coração da terra

Livre dos revés dessa urbana guerra

De seu impeto selvagem e sanguinolento

E ter que me rastejar nessa terra maldita

Que profundamente minha alma regurgita

Essa fétida atmosfera me causa asma

Rejeito me aglutinar em meio a massa

E normalizar o horror de reais desgraças

Me deixe vagar sozinho como um fantasma

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 20/01/2022
Reeditado em 15/02/2023
Código do texto: T7433808
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