Do abismo hediondo é que procedo
Do abismo hediondo é que procedo
Onde os vivos temem profundos medos
Ao encontro de sua ultima primavera
Eu sigo consciente para o além
Já farto em ser desse mundo refém
De injustiças e habitado por feras
Um mundo de mentira e de aparências
Sufoca o meu pescoço essa podre existência
A massa exalta os valores invertidos
E sua ideologia é para mídia social
Dia após dia, ninguém se vê como igual
Somente em seus discursos distorcidos
Um anseio de estar entre almas penadas
E meu espirito aquecido pela luz danada
Ouvindo o eco das almas em lamento
E repousar em paz no coração da terra
Livre dos revés dessa urbana guerra
De seu impeto selvagem e sanguinolento
E ter que me rastejar nessa terra maldita
Que profundamente minha alma regurgita
Essa fétida atmosfera me causa asma
Rejeito me aglutinar em meio a massa
E normalizar o horror de reais desgraças
Me deixe vagar sozinho como um fantasma