Acabou a mana

Eu parei de eternizar pessoas em versos

Pois a vida é bela nas linhas da poesia

O Destino é quem deixa os trechos tão controversos

Por isso a vida é um sopro que dispersa a fantasia

Não é a morte que me causa um doer

Nem medo em crise de mortalidade

É o preço de ainda permanecer

A dívida da eterna saudade

Eu prometi não nomear mais estrelinhas

Jurei que não voltaria a versificar

Pois a vida, é mais curta que minhas linhas

Nunca dá tempo do poema terminar

Eu vou sentir saudade da indignação

Daquela minha expressão que rechaça

E ao mesmo tempo da diversão

Proporcionada por cada piada sem graça

Engraçado que eu amo o inverno

E ele sempre virá durante Julho

Nos dias mais frios, abrirei meu caderno

E nesse poema, ouvirei seu barulho

Desculpa, o poema chegou tarde!

Desculpa, a vida nos engana!

Desculpa, você nunca foi covarde!

Porra, Júlio! Acabou a mana?

Em memória de Julio Fallace.

R J Ferreira
Enviado por R J Ferreira em 11/04/2024
Código do texto: T8039084
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