Tecendo Eternidade

A morte veste um manto sombrio,

Véu de mistério, escuro e frio.

Seus olhos, poços profundos de despedida,

Refletem a jornada, finda e perdida.

A pele pálida, como a lua na noite,

Traça linhas que o tempo açoita.

Cabelos feitos de sombras emaranhadas,

Nos ventos da eternidade são embalados.

Seu semblante, expressão de serenidade,

Guardiã do limiar da eternidade.

Em seus lábios, silêncio profundo,

Segredos do além, ecoando no segundo.

A morte dança com gracejo silente,

Entre estrelas que testemunham sua mente.

No paradoxo do fim, em sua beleza fria,

A morte é um retrato da eternidade vazia.

Otto F
Enviado por Otto F em 10/05/2024
Código do texto: T8060359
Classificação de conteúdo: seguro