Enterro do Pinheiro

Apenas uma árvore

Sem luz, sem som, sem cor

Despida por inteira

Sem presentes ao redor

As esferas coloridas

Balançando-se ao vento

Se soltaram, uma a uma

Foram embora com o tempo

Os sinos, cor de ouro

Que cantavam alegria

Perderam suas vozes

Agora gemem, em agonia

A cor que ali brilhava

Já não pisca colorida

E a estrela lá de cima

Desistiu de sua vida

O que sobrou, no final

Eu mesmo incendeio

E com as cinzas do natal

Eu cubro o meu pinheiro

Pedro Alencar
Enviado por Pedro Alencar em 29/12/2014
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