Quando Corro

Quando corro

Escuto a voz do vento,

Convidando-me a meditar.

Traz-me na voz

Do além distante,

Em sua brisa,

A pureza, o aroma do ar.

Quando corro

Levito e sonho,

Pensamento sempre solto no ar,

Captando do sol ou da chuva

Todos os bens que

O Criador quer dar.

Quando corro

Entro em doce transe e oração.

Cada passada é

Uma conta do terço,

Nesse templo tão belo da vida,

Em que o corredor,

O verde e o azul do infinito

Entram em paz

E perfeita comunhão.

Esta é a forma singela e bonita,

Seja no frio inverno ou

No quente verão,

Correndo por estradas e bosques,

De o corredor fazer sua oração...

Tributo a Dintinho - Benedito Pestana Barbosa

Marcos Pestana
Enviado por Marcos Pestana em 05/01/2012
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