Chuva

Ela cai tão leve e tão breve...
Furando o algodão flutuante...
Desafiando até lei gravidade...
E pulando de altura distante...
 
Durante a queda, é lágrima...
Desse Deus que não chora...
Salta dos céus feito dádiva...
Chega ao destino tal cólera...
 
E constante, ela cria, destrói...
Causa o terror, traz a alegria...
Essa água, que hoje o corrói...
Outrora do inferno o alivia...
 
Uma benção, uma maldição...
Culpa do filho desobediente...
Que tanto degrada a criação...
E nunca se mostra contente...
 
Que a chuva não pare aqui...
Mas que sua ira seja contida...
E dos bens que vos pertence...
Guarde senhor, nossas vidas...
 
Sidney Muniz
Enviado por Sidney Muniz em 06/01/2012
Reeditado em 06/01/2012
Código do texto: T3425778
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