Canção do vento

Canção do vento

Corre as folhas apressadas, tão geladas

A chuva ameaça cair, ferozmente

A escuridão é devasta negra, assustadora

Os pássaros fogem para os ninhos, rápidos

Os sons aumentam pelos céus zangados

Entre raios e trovões, entre granizo caindo

Gentes que fogem para abrigos, o medo assola

Vidros partidos, telhados arrancados, o vento

Grita, movimenta o medo da terra gelada

E tudo ele leva, tudo ele arranca entre lamentos

Aquela velha arvore tão velha com mil anos

Foi levada pelos lamentos do triste vento, gemendo

A roupa arrancada dos varais dança alegremente

Cantando, sou livre como o vento, livre para voar

Aquele velho alpendre do tio Manoel, se foi rápido

A tia Emilia chorou era a sua casa com cem anos

Mas o vento vingativo, não se segurou e ameaçou

Levar o resto da casa de vez, levar a gente, arrancar

Corações da terra, do mar e dos pobres rios, gemendo

Em grande fúria, devastando, girando, correndo, apenas!

Mas o grande Sol apareceu, as nuvens sumiram as aves

Voltaram felizes, rasgando o céu azul, nada aconteceu

Apenas foi a canção do vento, sempre veloz na sua destruição...

Betimartins
Enviado por Betimartins em 12/01/2012
Código do texto: T3437216
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