POESIA MATUTA

(Baseado na canção de Luiz Gonzaga)

Assum Preto sem os olhos

não pode mais "avoar"

o alimento dos filhos

depende do seu cantar

mas sem a luz dos seus olhos

não pode mais trabalhar.

Assum Preto eu imagino

como está a sua vida

sem ter a luz dos teus olhos

vive com a alma perdida

envolta na escuridão

a procura de guarida.

Assum Preto não "avoa"

pois cortaram suas asas

inda cegaram seus olhos

para não sair de casa,

isto lhe corrói a alma

lhe extermina e arrasa.

Assum Preto sem tristeza

esta parada está ganha

pois se não der certo aqui

te levamos pra Alemanha

você vai cantar de novo

a seresta da montanha.

Assum Preto a sua voz

encantou a verde mata

cantou bastante pra ela

mil canções em serenata

sob o clarão do luar

e o chuá da cascata.

Muitas vezes na floresta

gostava de ficar a sós

pois toda a selva parava

para ouvir a tua voz

por favor grande Assum Preto

canta de novo pra nós.

Iniciava seus cantos

sempre pela madrugada

e ao ouvir seu cantar

despertava a passarada

pois ao som de uma canção

anunciava a alvorada.

Nas matas onde passaste

só deixou recordações

fizeste só amizades

cantando suas canções

não semeaste maldades

nos jardins dos corações.

Um novo sol vai brilhar

lá no céu da tua mente

por isto eu tenho fé

em Jesus onipotente

pra que "volte" a cantar

para a alegria da gente.

Confio no grande Mestre

que esta fase tu "conquista"

não perca a esperança

violeiro e repentista

tenha fé em Jesus Cristo

que terás de volta a vista.

Fique certo Assum Preto

que Jesus está contigo

Ele vai te proteger

e te salvar do perigo

um abraço e boa sorte

que os anjos fiquem contigo.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 21/01/2012
Reeditado em 08/11/2012
Código do texto: T3453668
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