A CHUVA E O MAR

Sinto a chuva fina que bate em meu rosto

São pingos como as batidas do coração

As ondas do mar monótonas no ritmo das horas

Estou impaciente nesta tarde cinzenta

Meus pensamentos e sonhos não escolhem local

Quero sentir o lugar, mesmo num clima anormal

Há de convir que o momento não seja ideal

Mas o som do mar me chama, ele clama

Dá aquela vontade de sair na chuva

A nostalgia pode estar nas minhas entranhas

Posso me sentir um ingênuo sem maldades

Posso acreditar no mundo, nos estranhos

Mas o som das ondas não barganho

E na fina chuva não me sinto estranho

As águas trazem as sementes dos sonhos

As esperanças se renovam, tudo é amor

Carlo Magno 09/12/11