AZALÉIAS MÁDIDAS
AZALÉIAS MÁDIDAS
Um eco de choro no ar...
Orvalhada de saudade...
Nas azaléias o sereno invade...
Propondo seu aroma almiscar...
Grita a atmosfera privilegiada...
Ao receber gotas de prata...
Bradando por não ser ingrata...
Um canto álacre á madrugada...
Regozijo neste momento esfíngico...
União de essência e de luz!
Natureza... Infinita beleza produz...
Livre dança a azaléia, tudo é mágico!
Tudo fica em inexistência...
Imóveis o homem e o mundo dormem...
E o sol com um temor enorme...
Entra em cena roubando da aurora a inocência...
E meus olhos banhados em pranto...
Atrevidos contemplando esta mutação...
Não se contêm de tanta emoção...
Deixando refletir fascínio aos seus encantos...
Louva o céu este momento vivo...
Trazendo-me a certeza de que Deus existe...
Iluminando meu semblante triste...
Desvanece meu cepticismo e sobrevivo...
As descrenças de um peregrino...
Lúcido e feliz meu coração dilacera...
Ai meu Deus... Quem me dera!
Ser qual a azaléia!
Vítima de teu espírito divino!!!
Poesia Marisa Zenatte