LARANJAIS
Nada era como os laranjais de outrora.
Laranjas dos laranjais, nada mais.
Afagava com olhar, de quem devora,
Com avidez a fruta, como um até mais.
Frugal ao desatento renunciava a tudo,
Perante os laranjais, visão dos férteis pomares.
Laranjais postos ao sol e, contudo,
Anunciando o tempo ondulado dos mares.
Permita-me laranjais, obter o amar recíproco e belo.
Pomares de laranjas sãs e às vezes inefáveis,
Ao perpétuo calor proscrito em que velo...
Laranjais, lares citriculturais memoráveis.