Flores
Aureliana, face estrelada
Delicado adorno da Atlântica
Brincos da Serra do Mar
Miúdas pétalas ensolaradas
Protegidas pela densa mata
E pelo complexo amor
Daqueles seres e da fauna...
Toda a tua pureza que exala,
Da brancura guardada!
Tão o oposto da outra...
Walleriana, colorida,
Tão vulgarmente chamada -
Pobrezinha -
De Sem-Vergonha!
Habitantes do mesmo lar,
Tão próximas,
Tão belas,
Tão opostas...
O equilíbrio da mãe perfeita
Que soube dosar
Em cada uma das filhas -
Ilhas num sem fim de verdes -
Nelas, todas as faces
Faceiras, feiticeiras,
Hora doces sementes
Hora acres e indolentes,
Todas, nas suas imperfeições,
Belas exceções,
Simplesmente, perfeitas.