Flores

Aureliana, face estrelada

Delicado adorno da Atlântica

Brincos da Serra do Mar

Miúdas pétalas ensolaradas

Protegidas pela densa mata

E pelo complexo amor

Daqueles seres e da fauna...

Toda a tua pureza que exala,

Da brancura guardada!

Tão o oposto da outra...

Walleriana, colorida,

Tão vulgarmente chamada -

Pobrezinha -

De Sem-Vergonha!

Habitantes do mesmo lar,

Tão próximas,

Tão belas,

Tão opostas...

O equilíbrio da mãe perfeita

Que soube dosar

Em cada uma das filhas -

Ilhas num sem fim de verdes -

Nelas, todas as faces

Faceiras, feiticeiras,

Hora doces sementes

Hora acres e indolentes,

Todas, nas suas imperfeições,

Belas exceções,

Simplesmente, perfeitas.

Fernanda Bess
Enviado por Fernanda Bess em 01/04/2013
Reeditado em 09/04/2013
Código do texto: T4218280
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