O RIO
Ah! plácidas águas de rio de outrora,
Quanta vida tivestes antes da imundice...
O que é possível observarmos agora?
Só tristeza em todos os contornos,
E ventos murmurejantes de lamento.
Vidas fervilhavam em tempos remotos que eu recordo,
Hoje, é só dias de solidão, noites remotas,
Que dessas águas d'antes azuis, absorvo.
O que resta, são apenas visões ignotas.
Seu espelho não reflete com clareza, a luz da lua.
Águas sujas, de motivos chorosos,
Choro contigo, quase soluçando.
Os sons de seu choro em meu peito gemem,
Dilacerando-o enquanto vais chorando. Águas plácidas que na solidão tremem,
Um dia, a consciência há de limpar-te,
E seu choro será de alegria.
Cada um há de fazer a sua parte,
E vida, fervilhará nesse dia!