Sou apenas passarinho

O homem usava um machado enorme

E a mata de dia e de noite

Se abria como um vazio

Numa página de um poema.

As árvores seguiam um destino certo:

No chão, eram só galhos secos

Folhas ao acaso do vento.

Os animais eram filhos soltos no mundo

Sem nunca encontrar a mãe.

E minhas asas cansadas sobre o céu azul

No mesmo voo explicavam

Como que para mim:

_ Sou apenas um passarinho!

De onde eu ouvia em minha alma

Que estava sem destino.

Teresa Cristina flordecaju
Enviado por Teresa Cristina flordecaju em 01/12/2013
Reeditado em 01/12/2013
Código do texto: T4594433
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