Lagoa quente

Sento-me às margens da lagoa

As brumas enleiam minha frágua

São nevoeiros de aquecida água

Sem vida evapora véu de névoa

Ali vislumbro o retrato bordado

Sombras de vidas de outrora

Olhos embriagados de beleza

Mãos enxergam o aquecimento

Sabor agradável de ternura

Suas águas de chumbo celestes

Verdes gramíneos te ornam

Flores salpicadas de carmines

Daqui a visão nublada

Vejo um vulto tremer gracioso

Parado do outro lado do leito

Delineado reflexo em água

Olhares se deparam no sonho

Nos guiam na margem abaulada

Passos suave...

sem pressa

Cisnes desfilam no prado

Um do outro aproximamos

Mãos estendidas se entrelaçam

E ali unidos nos esquecemos...

Jennifer Melânia
Enviado por Jennifer Melânia em 09/01/2014
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