Chuva
Sim chuva e invernos.
Quem disse que a terra não correu com água?
Inevitavelmente os grãos de areias se vão.
Assim como parte da vida se vai.
Pela janela afora...
Água que mata a sede,
Mata o homem...
Que dosagem é essa?
De cair milimetricamente às gotas?
Como calcular exatamente essa preciosidade?
Como ser brandura em terra seca,
Sendo farta a colheita?
Como parar as nuvens que jorram no rio que transborda?
Ora sei, certamente não sei.
É chuva.
É água.
Que corrói, que destrói.
Que alimenta esta mente...
Ô chuva, traz-me calmaria.
De ver os telhados derramando água suavemente.
Ora sei, que a água nunca seca.
Mesmo que chova o dia todo.
Mesmo que chova a estação inteira.
Chega uma hora que tudo seca.
Chega uma hora de o sol nascer.
Chega uma hora de novamente chover.