Escassez
E do mar de águas intermináveis,
Que ocupavam os reservatórios,
Resta, hoje, somente o volume morto,
Que será extraído até a ultima gota.
Da volumosa cachoeira,
que tombava assustadoramente,
Resta somente um fio d'água agonizante.
Suplicantes aos céus, ambos esperam
a chuva chegar,
para repor gota a gota, toda a água
necessária para devolver a beleza
daquelas grandiosidades.
A falta de amor
é como a falta de chuva.
O lago seca, a cachoeira míngua
Até desaparecer.
A chuva pode voltar,
Já, o amor...
Ninguém sabe.
Pedro D. Guimarães - 30.07.2014