Quando as tardes morrem em Piranga...
vejo lágrimas da cor do puro sangue..!
lágrimas de uma natureza que sangra
sob os horizontes de verdes montes...
que silenciam em preces contagiantes
onde vejo lágrimas de sombras distantes...

quando as tardes morrem em Piranga...
vejo almas de cores vivas incadescentes
olhos vivos e velados de lágrimas ardentes..
que rolam tremulantes em perenes nascentes..

e aos poucos silenciam em dores cortantes
em gritos, gestos e lágrimas agonizantes..!

quando as tardes morrem em Piranga...
vejo naqueles horizontes irradiantes
o olhar de Deus que adiante sangra
doando em silêncio a cada instante
bençãos divinas sob a nossa gente
maravilhosa prece do coração divino..
que me faz sentir novamente..
aquele endiabrado menino....

quando as tardes morrem em Piranga
vejo em silêncio, uma obra prima
o olhar de Deus que sangra e rima..!
versos de minha alma da cor do carmim..
que irradiam uma paixão sem fim..
ainda que seja tardia
as tardes morrem dentro de mim..!



        e assim renascem..
em favos de mel..
        espalhados ao léu
sob o céu de Piranga
       o olhar de Deus que sangra
lágrimas de seu coração
      em forma de uma bela oração
da cor viva do carmim
       que morrem dentro de mim...!



NA FOTO, ENTARDECER EM PIRANGA
02/10/2014..
Marco de Nilo
Enviado por Marco de Nilo em 03/10/2014
Reeditado em 03/10/2014
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