CHUVA DE OUTONO.

Chove nesta tarde de outono!

Cada pingo como uma ilusão,

Uma criança busca o sono,

Ao som duma doce canção.

Chove nesta tarde pardacenta!

Versos feitos com ternura,

Misturados, numa chuva lenta,

Para apagar tanta amargura.

Chove sobre a rosa desfolhada!

Que o seu perfume perdeu,

Espalhadas pela terra molhada,

As pétalas que o vento varreu.

Chove nas pedras da calçada!

E no coração duma donzela,

Que por se sentir rejeitada,

Chove também nos olhos dela.

Chove nesta tarde de mansinho!

Há mil promessas de amor,

Entre namorados, com carinho,

Desde manhã, até ao sol-pôr.

LuVito.