MEUS POEMAS

Os poemas que escrevo
São simples como o meu povo.
Falo dos sertões sofridos
Do caboclo desnutrido
Do sertanejo sofrido
Do gado quase morrendo
Dos pássaros, que vão embora.

Do homem que deixa a terra
Deixa filhos, e mulher
E vai se aventurar
Numa cidade qualquer,
Da criança que não come
Dos rios de leito seco.

Do céu que nunca tem nuvens
Da chuva, que nunca chega
Do velho tão castigado
Pela dureza da terra.
Das arvores de galhos secos
Estendidos para o céu
Implorando proteção.


Falo do lado simples, e bonito
Do outro lado do sertão.
Das matas todas verdinhas
Da chuva que cai na terra
Das matas todas floridas
Dos jardins que floresceram.

Dos pássaros que cantam sempre
Porque estão sempre alegres
Dos pomares tão bonitos,
Da fruta, que cai no chão
Dos homens que se alimentam
Das crianças bem nutridas.

E, dos rios transbordando
E do céu sempre com nuvens
Com prenuncio de chuva.

A parte seca, e sofrida
simplicidade, sofrimento.

A parte que as chuvas caem
Fica tudo mais bonito!

As duas partes simplicidade,
É disso que sei falar.

De beleza e de tristeza
porque tudo isto é real.

Essa é a minha terra
Mais dela eu tenho orgulho
Pois foi aqui que nasci.

AUTORA; TEREZINHA C WERSON --SANTOS- 
Terezinha Werson
Enviado por Terezinha Werson em 02/12/2014
Código do texto: T5056533
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