TARDE DE OUTONO.

Tarde calma de outono,

Com desolação a pairar...

Passa um cão sem dono,

O sol, não chega a brilhar.

Rodopiam folhas no ar

Envolvidas pelo vento,

Há pássaros a cantar

Em busca de alimento.

Árvores ficam despidas,

De folhagem e beleza,

Donzelas arrependidas,

Carregam sua tristeza.

Há um tapete pelo chão,

De folhas amarelecidas,

Que chamam a atenção,

Como são frágeis as vidas.

Eu fico triste a meditar,

No outono de muitas vidas,

Ao abandono e sem lar,

Vivem na rua esquecidas.

LuVito.