CANTO DA MADRUGADA.

Silenciam-se as almas ao anoitecer,

Desfeitas em ilusões na noite fria,

Adormecem as mágoas em cada ser,

Cantam, as madrugadas de novo dia.

Despontam as primaveras em flor,

Onde há andorinhas de esperança,

Renasce, em cada coração o amor,

Que traz, o sorriso a cada criança.

Ouve-se o triste rouxinol no choupal,

Cantando e desfiando suas mágoas,

Dançam mil borboletas no roseiral,

Corre veloz, o riacho nas fráguas.

Vai alto o sol quente no horizonte,

Que aquece, as almas com ilusões,

Os namorados, vão juntos á fonte,

Apaixonados, unem seus corações.

Sopra sem piedade o vento norte,

Varreu para longe o efémero verão,

Bandeiras, desfraldadas á má sorte,

Lembrando o heroísmo da nação.

LuVito.