Uma viagem pela Natureza
"Fui ao encontro da pequena e
bela praça perto de casa, em uma
caminhada morosa e acanhado
pelo frio
Não para reviver o passado, e sim
para trocar ideias novas que
surgira em pouco tempo e tão
febril
A praça bem iluminada contra o
meu gosto, mas bem vazia para
me deixar a vontade, tais
aspectos para a reflexão
As mãos tímidas no bolso, ergo
a cabeça para as carícias dos
ventos e observo aquela árvore
sob contemplação
Como eis linda querida, a forma
de seus braços, estas folhas
molhadas, são graciosas, pena
que os humanos irão podá-las
Você é uma vida pulsante, pujante
como as demais, somos tão
diferentes, mas intimamente tão
iguais, que fico sem falas
Natureza, se mostras calma,
serena, tranquila, em paz, tão
belo, lindo, encantador,
estonteante
Por outro lado, com seus vulcões,
tempestades, terremotos,
ofuscam o que para todos é
bonito e cativante
Nos perdoe Natureza, somos
limitados e temos que enquadrá-la
ao ponto que para nós você
possui duas caras
Uma voltada para a origem de
novas vidas pluralizadas, que
sustentam os pilares da criação
em vastas áreas
E outra para a destruição,
ceifando almas inocentes e
ingênuas, que facilmente as
taxam de demônios
Que tolos, estão soberbos por
possuírem a verdade absoluta e
tornam seus filhos vítimas desses
conceitos errôneos
A Natureza é suprema, não age de
duas formas, o bem e o mau são
adjetivos vagos que a definem,
estão longe de sua essência
Não sei enunciar atributos a tal
divindade, vejo o belo na
destruição, a delicadeza na morte
em evidência
Me fascina estar diante de você
Natureza, aquela árvore, com as
folhas molhadas, senti lágrimas
tocando a minha pele
Estampado um sorriso genuíno
em meu rosto, lembrei de Carl
Sagan ao fazer poesias em
Cosmos, uma linda série"