Uma viagem pela Natureza

"Fui ao encontro da pequena e

bela praça perto de casa, em uma

caminhada morosa e acanhado

pelo frio

Não para reviver o passado, e sim

para trocar ideias novas que

surgira em pouco tempo e tão

febril

A praça bem iluminada contra o

meu gosto, mas bem vazia para

me deixar a vontade, tais

aspectos para a reflexão

As mãos tímidas no bolso, ergo

a cabeça para as carícias dos

ventos e observo aquela árvore

sob contemplação

Como eis linda querida, a forma

de seus braços, estas folhas

molhadas, são graciosas, pena

que os humanos irão podá-las

Você é uma vida pulsante, pujante

como as demais, somos tão

diferentes, mas intimamente tão

iguais, que fico sem falas

Natureza, se mostras calma,

serena, tranquila, em paz, tão

belo, lindo, encantador,

estonteante

Por outro lado, com seus vulcões,

tempestades, terremotos,

ofuscam o que para todos é

bonito e cativante

Nos perdoe Natureza, somos

limitados e temos que enquadrá-la

ao ponto que para nós você

possui duas caras

Uma voltada para a origem de

novas vidas pluralizadas, que

sustentam os pilares da criação

em vastas áreas

E outra para a destruição,

ceifando almas inocentes e

ingênuas, que facilmente as

taxam de demônios

Que tolos, estão soberbos por

possuírem a verdade absoluta e

tornam seus filhos vítimas desses

conceitos errôneos

A Natureza é suprema, não age de

duas formas, o bem e o mau são

adjetivos vagos que a definem,

estão longe de sua essência

Não sei enunciar atributos a tal

divindade, vejo o belo na

destruição, a delicadeza na morte

em evidência

Me fascina estar diante de você

Natureza, aquela árvore, com as

folhas molhadas, senti lágrimas

tocando a minha pele

Estampado um sorriso genuíno

em meu rosto, lembrei de Carl

Sagan ao fazer poesias em

Cosmos, uma linda série"

Moraes IV
Enviado por Moraes IV em 21/01/2015
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