E o Vento fez barulho. Ele dizia: a Chuva vem vindo.
E o Vento fez barulho.
Ele dizia: a Chuva vem vindo.
E o Vento fez piruetas.
Ele dizia: abram caminho.
E o Vento fez as folhas farfalharem.
Ele dizia: é hora de se alegrarem.
O Vento rodopiava, cantarolava, gargallhava.
Em êxtase balançava as copas das árvores tão amadas.
A Chuva era anunciada.
A Natureza toda em alegria,
Em risos se comprazia.
A Natureza dizia: Bem-vinda Chuva amiga.
A Natureza em festa cantava.
E dizia: te saudamos, ó abençoada água.
A Natureza de emoção chorava.
E dizia: nutre meus filhos, Chuva querida.
E os pingos caíram, ouve uivos, cantos e assobios.
Flores se curvaram em reverência, pássaros cantaram em gozo,
O Vento chorava,
A Natureza agradecia,
e a Chuva tamborilava.
Faceira e alegre por onde passava.
E a Chuva dizia: que minhas águas renovem o ciclo da natureza
E a chuva matava a sede.
E dizia: que Deus abençoe minhas águas.
E a chuva banhava os bichos.
E dizia: é com amor que trago alegria.
E a chuva então se regozijava.
E dizia: que felicidade regar as sementes da vida.