RENASCER.
Nasce o sol envergonhado!
Sopra o vento frio do norte,
Traz o longíncuo passado
Que me deixa embriagado,
E dita a minha triste sorte.
Envolvido no turbilhão
Da tempestade de ilusões,
Clamo pelo quente verão,
E pelos tempos que lá vão,
Com a alegria dos serões.
Sinto no vento que assobia,
O perfume das violetas,
Renasce no coração alegria,
Já oiço o canto da cotovia,
No campo voam borboletas.
Nasce o sol com esplendor!
Há canções ao amanhecer,
No jardim nasceu uma flor
Para dar à vida mais cor,
Volta a primavera a renascer!
LuVito.