PERCEPÇÕES...

Em quando há uma ravina sob a colina
Se entende que a Terra também tem sua sina
Aos olhos de quem vê
É como lágrima que mina...

E acontece uma ondulação
Sob o sol dileto de verão
Um discreto estremecer
Que quase ninguém vê...

E às vêzes se o Sol anuviado
Não amachece ela entristece...
E vez em quando fica enfezada
Do ribombo do trovão, sem pára-raios

Salve-se quem puder
Ave! É de bater forte o coração

Na preamar sob a lua cheia
É lânguido, a perder de vista
Seu olhar ao prateado do luar
Estando de cá em terra a distar...

E na escuridão da noite
Quando a Lua se esconde?
Humilde, no desvão,
Terra se cala então...
No aguardo da antemanhã

É só não dormir, ver para crer
Sua alegria no alvorecer!
E os pássaros a testemunhar
Em coro num tititi...
E uns, mais alvissareiros
Ecoam no ar num exaltar
Reafirmando entre si

Bemtivi ! Bemtivi!
Tiviiii...