ALVORADAS.
Contemplo as alvoradas
Bordadas a oiro e cetim,
De silêncios matizadas
Como rosas orvalhadas
Que perfumam o jardim.
Alvoradas de harmonia
Onde o sol vem beijar,
Pétalas de rosa bravia
Que ao despontar do dia
Seu beijo que provar.
Paira no ar a melodia
Que a noite desvaneceu,
Com o cantar da cotovia
Volta de novo a alegria
Um novo dia já nasceu.
Eu fico inerte à espera
Da chama do teu olhar,
Que traz a primavera
Ao amor que desespera
na ânsia de te abraçar.
São silêncios de solidão
Nas horas já percorridas,
Saudades e desilusão
Que apertam o coração
E separam nossas vidas.
Voltas em cada aurora
Nos sonhos da madrugada,
Quando minha alma chora
Com a eterna demora
Numa estrela anunciada.
LuVito.