CAATINGA

Caatinga

Eta vegetação misteriosa

Do espinheiro nascem rosas

Da aparência fúnebre camuflada

Se renovando em cada invernada

Em folhas verdes o sertão.

Caatinga

Como pode esta visão:

Galhos secos, mortos, vivos

Sem nenhum fruto ou atrativos

Nem sombras, só espinhos

Tem a oferecer nessas veredas,

Aprisionar meu coração.

Caatinga

Paisagem fina, rebuscada

Em cores cinza e esverdeada

Pelo sol e pelas chuvas

Mortes de gado, tantas viúvas

Alimenta-me esta paixão.

Caatinga

O teu solo é diferente

No mundo todo não há igualmente

Até os bichos se distingue

Insetos cantam em repente

A triste vida, mas amada

Tanto amor e odiada

Sentimentos contradizentes

Grita o peito de tua gente

“Caatinga nobre vegetação”.

ANAILTON FONTENELE
Enviado por ANAILTON FONTENELE em 21/09/2016
Código do texto: T5768231
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