A Louca da Mata

Subo degraus.
Plataforma em aço que
me eleva
ao topo da vida.
Pulmões que sobrevivem
alimentados pelos pulmões do mundo.
Envolvidas clorofila,
eu e a névoa assentada
pedimos socorro.
Uma gargalhada ecoa por entre as árvores.
- Ó louca da mata,
desvairada criatura que
desvincula a vida do progresso:
há que derrubá-las para que os pastos floresçam!
Destruição e progresso,
confesso,
insônia.
Dorme em paz,
Amazônia,
teu oxigênio
alimenta a chama
da sobrevivência!
 
 
 
Rogoldoni
02 11 2016

 
Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 09/11/2016
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