GAIVOTA
Silvava o vento nas rochas
do farol mirava a gaivota
a maré cheia
desaguar na areia
*
O marejo das espumas
respingadas pela lua
as estrelas do mar
solitária no seu altar
*
Estendeu as asas pro céu
do pedestal desceu
flutuando suave
as alvas plumagens
*
Num porte ângelo
acariciou o oceano
com o bico de ouro
fisgou o peixe lustroso
*
Da ceia saciada
a ave imaculada
partiu na imensidão
piando uma canção
agradecendo ao mar a refeição
* * * * * * *