A primeira arte

A vida vista de um outeiro é a primeira arte, assim como as melhores carreiras dão aos sonetos ou os melhores pardais voam sobre as correntes;

as velhas coisas estão sempre prontas.

Também os sons ouvidos de uma mata, que vêm das cabaças, pequenos tambores pendurados em cachos para que fiquem pitorescos aos ouvidos como um cachimbo ao fumo ou o cheiro do perfume ao avesso das camisas;

as velhas coisas estão sempre prontas.

Enquanto a poesia embarcava às mãos vulgares ou o vento frio nos caiava o amor, as velhas coisas, vistas e ouvidas, já estavam prontas.

Namastê!