As Prostitutas Virgens

I

A noite é amiga das rameiras

Senhoras do tempo

E dos espaços pequenos

A flor fugaz

Dos teus delírios

Não prende ao céu

Quem não é dele escravo

As bocas são amigas das rameiras

Onde a língua é faca

Cega

Ferida imaginária

Cilada

Feita de braços curtos

Não pega peixe esperto

As celas são amigas das rameiras

E o tempo pobre

É sua cria

Sombras tardias

Verbos de gesso

Poeta de verdade

Chega vacinado.

Alexandre Magno
Enviado por Alexandre Magno em 29/05/2008
Reeditado em 29/05/2008
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