O Martelo das Bruxas
Não hei de ser um boi
Perdido no campo
Do antes e agora
Quem sabe mais antes
O pão de quimera
Com trigo de vento
Põe a prosa no saco
E foge ao teu encontro
Aperta os dentes
No sorriso
Orfeu está morto!
Não há nem pra que
Beijar estrelas
E plantar mariposas...
Será que o remorso
Resume a figura
Dos ossos falantes
Que outrora roemos?
Pão de verso na mesa
Escorre na rima da boca
Um segredo sem roupas
Não hei de ser um boi!
Melhor é ser castor gigante
E roer as bordas do tempo...