O Martelo das Bruxas

Não hei de ser um boi

Perdido no campo

Do antes e agora

Quem sabe mais antes

O pão de quimera

Com trigo de vento

Põe a prosa no saco

E foge ao teu encontro

Aperta os dentes

No sorriso

Orfeu está morto!

Não há nem pra que

Beijar estrelas

E plantar mariposas...

Será que o remorso

Resume a figura

Dos ossos falantes

Que outrora roemos?

Pão de verso na mesa

Escorre na rima da boca

Um segredo sem roupas

Não hei de ser um boi!

Melhor é ser castor gigante

E roer as bordas do tempo...

Alexandre Magno
Enviado por Alexandre Magno em 29/05/2008
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