APANHANDO NA VIDA
Mais uma vez eu apanhei na cara
E desta vez com um chinelo de plástico duro
Doeu mais que aquelas surras de vara
Que o meu pai me batia no quintal sem muro.
Desde a infância até a vida adulta,
Eu sempre apanhei na vida ou de alguém...
Já apanhei mais que um filho de puta,
Mais que um cachorro sem dono, um Zé Ninguém.
Creio que o meu destino é viver apanhando
Pois eu sempre fui pacifico, manso e camarada,
Mas até mesmo quando estou ajudando
No final, eu acabo levando trombada!
Quase impossível é a gente ter que suportar
Pacificamente uma agressão sem revidar
Mas Jesus Cristo ordenou que perdoasse
Setenta vezes sete vezes sem parar
Mas muito além da obrigação de perdoar,
Ele mandou que oferecesse a outra face!
POEMA INÉDITO
ToninhoFerreira