CRIANÇAS DE RUA

As míseras crianças de rua,

Sem teto, sem carinho e sem pão,

Que vivem no mundo da lua,

Filhos de pai sem coração!

Relegadas ao mundo do abandono,

Perambulam quase sempre ignoradas...

Vem a noite, o frio e o sono,

Elas se abrigam no escuro das calçadas!

Fumando, bebendo e cheirando cola,

Inconscientes de que a saúde se consome...

Furtando, roubando e pedindo esmola,

Para que não venham a morrer de fome.

São almas portadoras de carência

Vegetando a esmo, quase alheias,

A caminho inevitável da delinqüência,

Que abarrota quase todas as cadeias...

E nesse indesejável roteiro errante,

São como barquinhos sem velas...

Nem os pais, nem governantes,

Estão preocupados com elas...

Como se sentirá um coração

De pais que abandonaram seus filhos,

Ao reencontrá-los na lamentável condição

De doentes, delinqüentes ou andarilhos?

POEMA INÉDITO

ToninhoFerreira

Toninho Ferreira
Enviado por Toninho Ferreira em 01/07/2008
Reeditado em 06/07/2008
Código do texto: T1059856
Classificação de conteúdo: seguro
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