JUSTIÇA DIVINA
São milhares de criaturas
Produzindo seus sacrifícios
Vivendo emoções e aventuras
Se comprazendo nos vícios
São consciências adormecidas
Alheias ao apelo do bem
Candidatas a suicidas
Sempre induzindo mais alguém
São torpes, hostis e valentes,
Sentem-se os donos do mundo
São caprichosos e prepotentes
E, geralmente vagabundos.
Usam drogas entorpecentes
Uísques, cervejas e cachaças,
Comentários maledicentes,
Sexo, pornografia e trapaças.
E nesse mundo escuro de deslizes
Geram suas lamentáveis crises,
Conscientes ou inconscientes
Para resgatar com lamento
Nas garras do sofrimento
Do choro e ranger de dentes.
ToninhoFerreira
POEMA INÉDITO