Daquilo que observo e absorvo.

Assisti ao espetáculo não ensaiado.

Aceitei, o que para mim, poderia ser veneno.

Mas, verti de bom grado.

Repensei tudo o que reclamei.

Calei.

Entendi que nem me falta espaço.

Abençoei cada centímetro.

Sei o quanto foi suado.

Observei que o alimento é união.

E na falta dele?

Conhece-se a face.

Não a verdadeira.

Mas, a do animal, lutando pela preservação.

É fácil ter retórica,

gostar de ópera,

quando não falta pão.

Louvo toda arte,

cuspida, escarrada e expelida,

quando ela impera!

Em insuficiente econômica situação.

Ana Claudia Laforga
Enviado por Ana Claudia Laforga em 23/07/2008
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