Explanação

E então o que se acaba

não foge da ineficácia,

pura audácia do eu-não-sei,

fugindo de escadas

que levem quase ao céu,

ponta oposta do mar,

e então a realidade vai ruir,

gritarei, chorarei,

me destilarei ante a face

que tanto buscou por disfarce...

O medo suspenso num fio de aço

vai degringolar-se no precípício,

anúncio de procura desesperada,

bilhete deixado num pedaço

de papel almaço...

A pergunta ficará pra sempre

sem a resposta.

Janelas e portas fechadas.

Trancafiadas com cadeados.

E a chave jogada fora.

Lá fora sempre vai haver

quem questione com 'comos' e 'porquês'.

Terminarei sem saber o momento de começar...

Sandra Vaz de Faria
Enviado por Sandra Vaz de Faria em 07/09/2008
Código do texto: T1166117
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