O Olho da Morte

Hermes, O Psicopompe carregando à barco

As almas trazidas outrora da vida terrena

Não vislumbra a riqueza das horas

Se apercebe em missão pequena.

Um único olho às três permite entrever

Tecer, medir, cortar

Às Parcas, na cegueira da escuridão,

Cabe vivazes fios ceifar.

Em Páramo lúgubre,

Solitário a quem sozinho sempre fica

A Medusa os torna pedra,

A si mesmo se castiga!

Nas márgens do Rio Estige

O Guerreiro que noutro tempo vencia,

Alimenta a bela moça

Que devora sua cabeça com apetite de Harpia.