SELVAGENS DOMÉSTICOS

Estou no caminho certo de seus sentimentos?

Hoje estou mais feliz

A cada dia que passa percebo um espinho na minha carne

E descobrir uma fraqueza é endurecer a couraça para o amanhã

Seus melhores amigos devem ser também seus maiores inimigos

São eles que invadem perímetros que você não permitiu

São poucas as pessoas que nos deixam sem limites

São poucas as pessoas que nos animam com a claridade do real

A feira é a feira

A vida é a vida

O que fazíamos por vivência

É o que agora fazemos pela violência do mercado da vida

Vida vendida

Pela violência do compromisso contratual vivido

Nunca mais viveremos pelo sentido que o tempo inexistente nos oferece

Administremos nossa vida!

A falácia

A estância

A implementação das sensações vendidas em pacotes para a viagem

Excertos de corações, olhos e bocas alheios

Meu passado ilustra meus quadros

E meus sentimentos oferecem formas as minhas elucidações

Se assim for

Mútuo, recíproco somos nós

Mulheres de grande amor

Homens de muitas canções

Dói o desencanto enquanto meu canto ainda me encanta

Sou poeta porque desconheço minha alma

E sou amante porque reconheço o conjunto de meus órgãos

Somos iguais porque todos nascemos

Seja do modo que foi

Estamos todos aqui

Animalescamente iguais

Mas, humanamente diferentes

Escolha sua vida quando puder

Somos iguais porque todos morreremos

Seja do modo que for

Deixaremos esse lugar

Ocasionalmente iguais

Mas, determinadamente diferentes

Escolha sua morte quando puder

Meu anseio é a liberdade

Mesmo que ainda não passe de um gênio artístico silenciado pela vida sempre que se atreve à acareá-la

Meu convite é esse, olhe nos olhos da realidade

Sinta seu sopro em sua pele

Selvagens domésticos

Não é porque sua jaula reproduz o seu jardim que está livre

A sua prisão está em sua cabeça

Estamos presos em nossa própria cabeça

Will Rison
Enviado por Will Rison em 06/11/2008
Código do texto: T1269877
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