MINHA VIDA

Sou pó da estrada,

Pedra da construção,

Aglutino emoção.

Reuno pouco,

Quase nada

Diante da imensidão.

Começo da jornada

Luta incessante, formação,

Passos sábios,

Orientação.

Vida passada

Culto da tradição.

Tutuado em mim

Afetos, desamores,

Desafetos e amores,

Sentimento e razão.

Olho pro horizonte,

Prossigo, então.

Anseio o realizar.

Batalha sem armas,

Desarmar.

Construindo amores

Repletos de carinho,

Pelo caminho.

Sem mágoas,

com ardores,

Busca de ideais.

Sigo, sem dores

Vida, onde ando

Tortuosas desventuras.

Verdadeiro meandro,

Marcas de solidão.

Pegadas deixo

No chão, gravadas,

Testemunhos do passado.

Laranjal, 22/11/2008 às 18:00 hs.

Publicado no jornal Diário da Manhã na página Variedades no dia 10/02/2009 - Pelotas/Rs.